Rachel Gonçalves
"Se um não quer, dois não brigam". Acho que aquele que quer brigar pode acabar por brigar sozinho. Espernear, fazer drama, continuar nessa brincadeira de gato e rato; mas sozinho. Respeito seu direito de ficar com raiva - escarnear por até um mês é perfeitamente compreensível. Mas tem uma hora que a brincadeira começa a ficar chata. Paciência tem limite. Mas, contrariando todas as minhas ideologias, estou proibindo a mim mesma de ficar com raiva. Até porque, a culpa disso - se não toda, a maior parte dela - é notoriamente minha. E outra: baixaria não resolve baixaria. Aproveitando o gancho, posso dizer que desde que isso tudo começou eu não derramei uma lágrima. Nenhuma mesmo. Não sei se foi consciente, mas nessa história não achei que ninguém merecesse um lacrimejo sequer - nem eu nem ninguém. Contudo, não vou negar o quanto isso me afetou. Estômago revirado, noites em claro, sentimentos de raiva, um medo anormal e tudo e de todos. Medo de sair de casa, de andar a pé, de ver certos rostos conhecidos e de ouvir suas respectivas vozes. São sentimentos que eu não desejo a ninguém.
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