Rachel Gonçalves
Sabe, adoro cheiro de pele. Ainda mais quando misturada com perfume. Um perfume - na minha vã opinião - é um líquido estéril que só adquire corpo, personalidade, ferocidade quando está na pele. Tem coisa que não tem explicação. É simplismente coisa de pele. Quando se tem pele com alguém tudo parece mágica. A pele cria uma memória tátil, enquanto o nariz anseia pelo cheiro do outro como cocaína, e quando encontra... Fechando os olhos da pra ver até faíscas! Como um órgão tão poderoso pode ser tão sensível? Pés, tornozelos, coxas. Barriga, costas, pescoço. E tem sempre mais... As possibilidades não cessam. Quente, frio, sopro, pressão. Arrepios percorrem a espinha, descarregam no pescoço, dando curto circuito nos sentidos. Outra forma interessante de explorar a pele é provando-a. Assim como o cheiro, cada pele tem um gosto próprio. Vale até incrementar com coberturas, moedinhas de chocolate e até cubinhos de gelo. Quem já derrubou um pedaço de picolé por dentro da roupa sabe do que eu estou falando. Pele é tão bom que nem em um milhão de naos o homem conseguiria criar coisa semelhante. No máximo algum manual de instruções. Are baba!
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