Ah, se todos os homens fossem REALISTAS! Calma, deixe-me explicar. O realismo aqui mencionado trata-se da escola literária, que anda de mãos dadas com o Naturalismo. Ainda não? Bem... Uma obra realista - pegue Machado de Assis como exemplo - num lampejar de olhos parece chato, o modo de conduzir o enredo, os timbres assustam um leitor incauto. Mas porque não dar-lhe uma chance? Pode parecer pretencioso, mas algo de interessante parece acenar no horizonte. Então, ele te surpreende - sua preocupação com o estilo enriquece a perspectiva do leitor com vários ângulos de uma mesma idéia, acerca de um tema aparentemente saturado. Apesar das cartas estarem na mesa, quem tira as conclusões não é ele. Deliciosamente indireto, vai brincando com o seu subconsciente, tentando captaar a essência através da análise, buscando a beleza e a preciosidade nos detalhes. Ousa até explorar as bases que formam sua personalidade. E porra, ele tá sempre certo! No entanto, ele é a razão, e não a emoção - às vezes um pouco cru. E flerta com um senso de ambiguidade, ainda por ciam. Ah! Ainda vai chegar um dia onde eu vou olhar para trás e dizer: ele nem era tão bom assim (não é a primeira nem a última escola literária, afinal de contas).
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