E se isso não for o que eu quero? Isso é mesmo o melhor que eu posso fazer? Eis o freio de mão falando. É preciso parar um pouco para garantir um novo impulso. Acelerar sempre pode não ser uma boa idéia: um obstáculo pode surgir do nada e talvez não dê tempo de desviar e uma batida aconteça. Um acidente nos força a parar. Não que sejamos impedidos de usar a mesma velocidade posteriormente, mas obrigatoriamente faz mudar o foco. Pode ser que fiquemos paralizados por tempo indeterminado. Por outro lado, até o fundo do poço mais sombrio tem uma mola. Nunca saímos 100% perdendo de situação alguma, por pior que seja. Uma pessoa só amadurece quando sai da zona de conforto. Porque saí, ela tem que aprender a se levantar sozinha - em alguns casos, literalmente. É nos escombros do desespero onde aflora o caráter de uma pessoa. É quando ficamos inteiramente na defensiva mas, ironicamente, sem arma alguma. É como estar nu. A verdade sem rodeios. Receamos parar com medo da vulnerabilidade. Nos esquecemos porém de que amolar o machado é preciso, de tempos em tempos.
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