Raramente penso só com palavras. penso muito com imagens, mas acredito pensar muito mais com as mãos. Com o tato, na verdade. Palavras servem para canalizar nossas idéias para a visualização de imagens. Mas pensamentos sem fundo tátil são impessoais - como aqueles sonhos que esquecemos ao acordar. Acredito que uma imagem por sí só não impressiona, mas a sensação sim. São as memórias táteis que pertubam e fazem-nos rir como bobos no meio da tarde. É cientificamente provado que tocar a pele do interlocutor transmite uma sensação de confiança. E isso fica latente na memória. Um dia na praia, uma tarde no cinema, uma dança, um jantar a luz de velas. Por isso que o Trance divide águas - ou é adorado ou odiado, não há meio termo. É um ritmo feito não para ouvir, mas para sentir. Não há melodias, mas batidas. Então, dá pra supor que quem não gosta do Trance é porque não o sentiu alto o bastante. É uma sensação particular. É metafísico.
Postar um comentário