Admito em entrelinhas aquilo que me faz falta. Mas não é o bastante. Nunca é. Procurar coisas que eu sei só existirem num lugar. Foda-se se isso é mais um clichê. A vida toda fugi de clichês, mas nunca percebi que estaria fugindo de mim mesma. Previsibilidade é meu segundo nome. É tão normal, não é mesmo? Um dia toda máscara cai. Máscara de segurança, autossuficiencia, disfarce de indiferença. Máscaras sempre espertas, perto de um rosto, são apenas máscaras. Somente. Por mais que batamos o pé a ajamos como se não, nossa essência é mais forte que qualquer disfarce. Por mais distante que pudesse estar, ainda era uma base, um porto seguro. Por muito tempo, já quis tatuar uma borboleta para ilustrar minha necessidade de liberdade. Hoje tudo o que quero é uma âncora. Algum fundamento nessa vida que me dê proteção. O chão para andar sem pisar em falso. Medo de ser quem eu sou. Um deus pode dar base espiritual, mas é uma pessoa - com todas as suas imperfeições - quem vai dar aquele abraço de peito aberto. E eu sinto falta desse abraço. Aquela Borboleta nem imagina o quanto.
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