Deitada numa rede, deixo os acordes do violão levarem meus pensamentos para longe. Pelo menos a iminência deles. Não consigo terminar um pensamento concreto ou mesmo explicar toda essa abstração cega e sem freios. O tangível foge do meu controle e o metafísico tenta me controlar. E fica tudo por isso mesmo? Tenho a impressão de estar irremediavelmente estacionada, em meio ao engarrafamento na Estrada da Mediocridade. Todos buzinam, enquanto servem de audiência à Voz do Brasil e lêem a Veja no banco de trás. Essa massificação de ideias está me deixando louca. E sei que ela está prestes a me pegar quando me percebo concordando com Lady Gaga e a novela das 8. Sai, sai! Não quero ser subversiva, mas valorizo minhas ideias singulares, mesmo que ninguém mais concorde. Se todos concordassem, não haveriam discussões nem guerras. E isso seria bom? Não! Os maiores avanços da humanidade foram feitos em favor de disputas, e não porque açguém achou bonitinho polimerizar um diamante, por exemplo. E ficar parada, definitivamente, não é algo bonitinho.
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