Rachel Gonçalves
Pode chamar de firula, mas eu prefiro "terapia". Uma das minhas várias terapias alternativas - fujo de um divã na primeira oportunidade. Crônica aqui, desenho acolá; um passeio por lá ou um solo do lado de cá. Teimando e enfrentando o mundo ao som dos bandolins. Durante o último semestre eu venho me apoiando sobre essa bengala. Lutando ontra pensamentos, ninguém concreto. Mas isso mudou. Idealizações caindo por terra; pessoas que sobreviviam em sonhos voltam a circular ao meu redor. E nada disso me assusta. Melhor assim. Se for parar pra pensar, há 6 meses minha vida era completamente diferente. Os lugares, as pessoas e a rotina. Tá tudo mudado, mas não fora do lugar. Depois de tanto tempo arrumando, é justo que haja alguma ordem. Sinto como se estivesse acabando um ciclo, sensação de tarefa cumprida. Tudo por causa de algumas dúzias de movimentos, pensamentos e rabiscos. Não são mais muletas, mas uma alegoria na minha vida. Encontrei nas artes meu ponto de equilíbrio físico e mental. Poder criar meu próprio país das maravilhas? Não tem preço!
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